Goste ou não, odeie ou aprecie, Velozes
e Furiosos merece aplausos. Mesmo após sete filmes, bizarrices pra cá e pra lá,
a franquia conseguiu mais uma vez inovar e surpreender.
Abordando, ao correr dos primeiros
minutos, a lua de mel de Dom e Letty em Cuba, a franquia, já neste momento,
tanto para si quanto para Hollywood, denota aspectos de suma pertinência.
Primeiramente, considerando as desavenças históricas entre EUA e Cuba, o abrir
das portas do país para as gravações (feito histórico e escasso na história do
cinema) pode significar um passo adiante na relação entre ambos, assim como uma
maior facilidade para as filmagens de outros longas nas respectivas terras.
Ademais, as sequências em solo cubano se mostram fundamentais para o entrecho.
Ainda referente a tais seguimentos, o filme não poupa esforços para fazer jus à
reputação da série e impor um clima nostálgico das primeiras películas ao
introduzir os famosos rachas presente em todas as produções, o que já registrou
a franquia em seus primórdios, porém quando o público era outro e as propostas
distintas.
Surpreendendo a todos com os derradeiros
trailers de 2016 onde Toretto era apresentado como vilão, o filme introduz o respectivo
arco de forma plausível e convincente, além de intrincá-lo ao restante da série
e, ao correr do mesmo, fornecer pequenas pistas acerca da incógnita e sua
revelação no devido momento. Levando-se em consideração uma maior abrangência
do longa, perante seus antecessores, de um enredo envolto por uma carga
sentimental, emocional e dramática de maior densidade, a boa atuação de Vin
Diesel deve ser destacada. Talvez pela primeira vez sendo-se necessário que o
astro atue de verdade na franquia, o ator não faz feio em cena e incorpora
supreendentemente bem os conflitos, desesperos, raiva e impotência do
personagem. Em contraparte, Charlize Theron (consagrada atriz vencedora do
Oscar), intérprete da antagonista Cipher, comporta-se de maneira condizente a seu
papel, mantendo uma postura imponente, ameaçadora e traiçoeira. Esta, uma
hacker altamente perigosa e que parte de princípios aceitáveis e curiosos, fica
responsável pela integração de uma trama que agrega quesitos tecnológicos de
ponta, estes que servem como palco de fundo para as mais variadas insanidades.
Ainda referente à Cipher, a personagem ganha maior realce conforme o contexto
político de nosso planeta atualmente.
Da água ao vinho, de Mulher-Maravilha a
Imperatriz Furiosa, é sabido que Velozes e Furiosos mudou muito desde suas
origens em 2001, contudo, entre o sétimo e oitavo capítulo da série, a franquia
manteve um certo padrão que pode ser notado pelas semelhantes abordagens de
ambos. No entanto, ao se permitir explorar um terreno já seguro e testado, a
película não se acomoda e ousa, destrinchando âmbitos inusitados que dialogam
com as vertentes que já estamos acostumados e identificam a mesma. Apesar dos
convencionais furos de roteiro, o diretor e os desenvolvedores denotam um
excelente trabalho ao coordenar o filme de forma cadenciada, ordenando-o de
maneira a entregar um resultado satisfatório e bem-vindo. Conduzido
brilhantemente durante aproximadas duas horas e meia, o longa, sob a gloriosa e
inteligente direção de F. Gary Gray, nunca se torna maçante ou repetitivo,
principalmente pela precaução por parte de seu diretor que em nenhum momento se
mostra indolente ou despretensioso para com o material em mãos, demarcando uma
versatilidade e cuidados exemplares ao lidar com as galhofas e os demais plots
de maneira a ratificar seu respeito pela essência e história da série ao mesmo
tempo em que se permite aderir à mesma fatores de risco que funcionam,
recompensando os fãs como se espera e é desejado.
Bombástica e frenética, sempre
acompanhada por um ritmo absurdamente exacerbado mesclado a uma atmosfera
hilária, a película, bem descontraída, brinca consigo mesma, resgata
personagens e refere-se a seus antecessores ociosamente, como igualmente
articula homenagens e citações a Brian (Paul Walker), embora a produção seja de
elevada confecção que não transpareça a ausência do mesmo de maneira a pesar no
roteiro. Entretanto, seria interessante saber como a presença de O'Conner
influenciaria o texto e as decisões de manipulação do longa. Complementando, o
filme atribui a todos seus recorrentes funções, mesmo que alguns tenham pouco
tempo de tela e deixem um gostinho de "quero mais", ou seja, Roman
Pearce fica encarregado pela comicidade, Tej e Megan pela oposição ao maior
atributo da antagonista (mesmo não sendo de relevante ajuda no embate entre
ambos os lados), Letty pelo fardo de ser o pilar emocional e a maior influência
de Dom perante o grupo dos mocinhos, Sr. Nobody pela função de comandar a
equipe, o personagem de Scott Eastwood pela representação do novato e
inconsistente membro da turma, The Rock e Statham por papéis que protagonizam
grande parte do show acompanhado de insanas sequências e Helen Mirren (outra
grande atriz vencedora da estatueta mais cobiçada do universo cinematográfico),
mesmo com somente uma pontinha ou outra, por parte das revelações e da comédia.
Em oposição, ademais de Cipher, destaca-se Rhodes, personagem bastante
presente, porém de quase insignificante importância, que é realçado apenas por
exercer, praticamente, a função de carrasco e empregado de sua superior de
maior notoriedade.
Enaltecendo o conceito de família e
enfatizando as bizarrices com uma peculiar e pontual câmera lenta, o longa,
todavia, não desfruta de uma marcante trilha sonora como geralmente acontece na
franquia. Explorando diferentes localidades, ressaltando sua fama de mortes e
ressurreições, assim como a ausência de temeridade ao não poupar seus
personagens, portanto, Velozes e Furiosos 8, cômico e exagerado, consegue
divertir e provar para os fãs que a série ainda continua tunada ao entreter e
privilegiar o espectador na velocidade certa.
Matheus J. S. 9
Velozes e Furiosos 8 vive e convence sem
Paul Walker, mas a sombra do personagem ainda ronda a trama e durante o longa
fiquei esperando sua aparição a qualquer momento, afinal, impossibilidades não
se aplicam a franquia. Alguns atores se destacam e roubam a cena, como no caso
de Jason Statham e The Rock que são responsáveis pelas melhores cenas de ação e
humor, uma até que Jason atua com o mais novo careca do time que é impecável.
Outros, porém, ficaram apagados, me refiro a dupla responsável pela quebra
cômica que funcionou bem nos outros filmes, Tej e Roman Pearce. Agora, a
personagem da hacker pouco agrega à trama e ao elenco, até mesmo o filho de Clint
Eastwood é superior a ela.
Como já está se tornando uma marca
registrada da franquia, a boa velha cena da largada dos pegas mais uma vez não
decepciona e enche os olhos de quem curte os carangos das antigas, reluzentes
quando a tomada é feita pelas panorâmicas.
Se em outras produções um elenco
recheado de renomes não é sinônimo de sucesso, com VF8 a fórmula vai bem e
obrigado, que o diga Kurt Russel, Charlize Theron e Helen Mirren, esta última a
única que encarou Statham e saiu sem hematomas. Junto com Charlize ambas ainda
podem trazer surpresas no futuro, assim como Helen merecia uma maior
participação na trama.
Velozes e Furiosos 8 corresponde as
expectativas do seu público e compete por ser tornar um dos melhores da
franquia, além de deixar bons motivos para as próximas sequências.
leonejs 8
Pensei que Velozes e Furiosos não ia
mais possuir filmes que tivesse a mesma qualidade dos anteriores e nos
prendesse, tanto pela quantidade da saga, quanto pelos personagens que não irão
mais aparecer, como, por exemplo, o próprio Brian. Mas depois de assistir a
Velozes e Furiosos 8 percebi que estava errado, e que esta nova trilogia poderá
trazer até mesmo os melhores filmes da franquia.
Como alguns personagens não irão mais
aparecer, estes fazendo parte do grupo formado no quinto longa, outros foram acrescentados
no lugar destes na película, algo que faz sentido e é até mesmo interessante.
Velozes e Furiosos 8 possui vários pontos positivos, mas infelizmente possui
alguns negativos também, como por exemplo a falta de uma clássica corrida sem
nada de anormal.
O filme é muito bom e acredito que os
próximos também terão a mesma qualidade ou o superarão, e agora com Toretto de
volta ao grupo, com certeza as corridas de que falei voltarão.
Murillo J. S. 8
Assista
e Kontamine-se
Comente e Siga Nosso Blog
Leia Também:
Ficha Técnica (Adoro
Cinema):
Data de
lançamento (Brasil): 13 de abril de 2017 (2h 16min)
Direção:
F. Gary Gray
Elenco:
Vin Diesel, Dwayne Johnson, Jason Statham...
Gêneros:
Ação; Suspense
Nacionalidades: EUA, Reino Unido, França, Canadá, Samoa, Cuba
Avaliação:
IMDb: 7,2
Rotten: 67%
Metacritic: 56%
Filmow (média
geral): 3,7
Adoro Cinema
(usuários): 4,6
Kontaminantes (média): 8,5
Nenhum comentário:
Postar um comentário