12 de maio de 2017

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Velozes e Furiosos 8

Pôster


Goste ou não, odeie ou aprecie, Velozes e Furiosos merece aplausos. Mesmo após sete filmes, bizarrices pra cá e pra lá, a franquia conseguiu mais uma vez inovar e surpreender.
Abordando, ao correr dos primeiros minutos, a lua de mel de Dom e Letty em Cuba, a franquia, já neste momento, tanto para si quanto para Hollywood, denota aspectos de suma pertinência. Primeiramente, considerando as desavenças históricas entre EUA e Cuba, o abrir das portas do país para as gravações (feito histórico e escasso na história do cinema) pode significar um passo adiante na relação entre ambos, assim como uma maior facilidade para as filmagens de outros longas nas respectivas terras. Ademais, as sequências em solo cubano se mostram fundamentais para o entrecho. Ainda referente a tais seguimentos, o filme não poupa esforços para fazer jus à reputação da série e impor um clima nostálgico das primeiras películas ao introduzir os famosos rachas presente em todas as produções, o que já registrou a franquia em seus primórdios, porém quando o público era outro e as propostas distintas.
Surpreendendo a todos com os derradeiros trailers de 2016 onde Toretto era apresentado como vilão, o filme introduz o respectivo arco de forma plausível e convincente, além de intrincá-lo ao restante da série e, ao correr do mesmo, fornecer pequenas pistas acerca da incógnita e sua revelação no devido momento. Levando-se em consideração uma maior abrangência do longa, perante seus antecessores, de um enredo envolto por uma carga sentimental, emocional e dramática de maior densidade, a boa atuação de Vin Diesel deve ser destacada. Talvez pela primeira vez sendo-se necessário que o astro atue de verdade na franquia, o ator não faz feio em cena e incorpora supreendentemente bem os conflitos, desesperos, raiva e impotência do personagem. Em contraparte, Charlize Theron (consagrada atriz vencedora do Oscar), intérprete da antagonista Cipher, comporta-se de maneira condizente a seu papel, mantendo uma postura imponente, ameaçadora e traiçoeira. Esta, uma hacker altamente perigosa e que parte de princípios aceitáveis e curiosos, fica responsável pela integração de uma trama que agrega quesitos tecnológicos de ponta, estes que servem como palco de fundo para as mais variadas insanidades. Ainda referente à Cipher, a personagem ganha maior realce conforme o contexto político de nosso planeta atualmente.
Da água ao vinho, de Mulher-Maravilha a Imperatriz Furiosa, é sabido que Velozes e Furiosos mudou muito desde suas origens em 2001, contudo, entre o sétimo e oitavo capítulo da série, a franquia manteve um certo padrão que pode ser notado pelas semelhantes abordagens de ambos. No entanto, ao se permitir explorar um terreno já seguro e testado, a película não se acomoda e ousa, destrinchando âmbitos inusitados que dialogam com as vertentes que já estamos acostumados e identificam a mesma. Apesar dos convencionais furos de roteiro, o diretor e os desenvolvedores denotam um excelente trabalho ao coordenar o filme de forma cadenciada, ordenando-o de maneira a entregar um resultado satisfatório e bem-vindo. Conduzido brilhantemente durante aproximadas duas horas e meia, o longa, sob a gloriosa e inteligente direção de F. Gary Gray, nunca se torna maçante ou repetitivo, principalmente pela precaução por parte de seu diretor que em nenhum momento se mostra indolente ou despretensioso para com o material em mãos, demarcando uma versatilidade e cuidados exemplares ao lidar com as galhofas e os demais plots de maneira a ratificar seu respeito pela essência e história da série ao mesmo tempo em que se permite aderir à mesma fatores de risco que funcionam, recompensando os fãs como se espera e é desejado.
Bombástica e frenética, sempre acompanhada por um ritmo absurdamente exacerbado mesclado a uma atmosfera hilária, a película, bem descontraída, brinca consigo mesma, resgata personagens e refere-se a seus antecessores ociosamente, como igualmente articula homenagens e citações a Brian (Paul Walker), embora a produção seja de elevada confecção que não transpareça a ausência do mesmo de maneira a pesar no roteiro. Entretanto, seria interessante saber como a presença de O'Conner influenciaria o texto e as decisões de manipulação do longa. Complementando, o filme atribui a todos seus recorrentes funções, mesmo que alguns tenham pouco tempo de tela e deixem um gostinho de "quero mais", ou seja, Roman Pearce fica encarregado pela comicidade, Tej e Megan pela oposição ao maior atributo da antagonista (mesmo não sendo de relevante ajuda no embate entre ambos os lados), Letty pelo fardo de ser o pilar emocional e a maior influência de Dom perante o grupo dos mocinhos, Sr. Nobody pela função de comandar a equipe, o personagem de Scott Eastwood pela representação do novato e inconsistente membro da turma, The Rock e Statham por papéis que protagonizam grande parte do show acompanhado de insanas sequências e Helen Mirren (outra grande atriz vencedora da estatueta mais cobiçada do universo cinematográfico), mesmo com somente uma pontinha ou outra, por parte das revelações e da comédia. Em oposição, ademais de Cipher, destaca-se Rhodes, personagem bastante presente, porém de quase insignificante importância, que é realçado apenas por exercer, praticamente, a função de carrasco e empregado de sua superior de maior notoriedade.
Enaltecendo o conceito de família e enfatizando as bizarrices com uma peculiar e pontual câmera lenta, o longa, todavia, não desfruta de uma marcante trilha sonora como geralmente acontece na franquia. Explorando diferentes localidades, ressaltando sua fama de mortes e ressurreições, assim como a ausência de temeridade ao não poupar seus personagens, portanto, Velozes e Furiosos 8, cômico e exagerado, consegue divertir e provar para os fãs que a série ainda continua tunada ao entreter e privilegiar o espectador na velocidade certa.
Matheus J. S.  9

Velozes e Furiosos 8 vive e convence sem Paul Walker, mas a sombra do personagem ainda ronda a trama e durante o longa fiquei esperando sua aparição a qualquer momento, afinal, impossibilidades não se aplicam a franquia. Alguns atores se destacam e roubam a cena, como no caso de Jason Statham e The Rock que são responsáveis pelas melhores cenas de ação e humor, uma até que Jason atua com o mais novo careca do time que é impecável. Outros, porém, ficaram apagados, me refiro a dupla responsável pela quebra cômica que funcionou bem nos outros filmes, Tej e Roman Pearce. Agora, a personagem da hacker pouco agrega à trama e ao elenco, até mesmo o filho de Clint Eastwood é superior a ela.
Como já está se tornando uma marca registrada da franquia, a boa velha cena da largada dos pegas mais uma vez não decepciona e enche os olhos de quem curte os carangos das antigas, reluzentes quando a tomada é feita pelas panorâmicas.
Se em outras produções um elenco recheado de renomes não é sinônimo de sucesso, com VF8 a fórmula vai bem e obrigado, que o diga Kurt Russel, Charlize Theron e Helen Mirren, esta última a única que encarou Statham e saiu sem hematomas. Junto com Charlize ambas ainda podem trazer surpresas no futuro, assim como Helen merecia uma maior participação na trama.
Velozes e Furiosos 8 corresponde as expectativas do seu público e compete por ser tornar um dos melhores da franquia, além de deixar bons motivos para as próximas sequências.
leonejs  8

Pensei que Velozes e Furiosos não ia mais possuir filmes que tivesse a mesma qualidade dos anteriores e nos prendesse, tanto pela quantidade da saga, quanto pelos personagens que não irão mais aparecer, como, por exemplo, o próprio Brian. Mas depois de assistir a Velozes e Furiosos 8 percebi que estava errado, e que esta nova trilogia poderá trazer até mesmo os melhores filmes da franquia.
Como alguns personagens não irão mais aparecer, estes fazendo parte do grupo formado no quinto longa, outros foram acrescentados no lugar destes na película, algo que faz sentido e é até mesmo interessante. Velozes e Furiosos 8 possui vários pontos positivos, mas infelizmente possui alguns negativos também, como por exemplo a falta de uma clássica corrida sem nada de anormal.
O filme é muito bom e acredito que os próximos também terão a mesma qualidade ou o superarão, e agora com Toretto de volta ao grupo, com certeza as corridas de que falei voltarão.
Murillo J. S.  8

Assista e Kontamine-se

Ficha Técnica (Adoro Cinema):
Data de lançamento (Brasil): 13 de abril de 2017 (2h 16min)
Direção: F. Gary Gray
Elenco: Vin Diesel, Dwayne Johnson, Jason Statham...
Gêneros: Ação; Suspense
Nacionalidades: EUA, Reino Unido, França, Canadá, Samoa, Cuba

Avaliação:
IMDb: 7,2
Rotten: 67%
Metacritic: 56%
Filmow (média geral): 3,7
Adoro Cinema (usuários): 4,6
Kontaminantes (média): 8,5
Avaliação

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