25 de abril de 2017

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Velozes e Furiosos - De Los Angeles ao Ártico

Apresentação


Do sushi ao churrasco de laje, de Londres a Cuba, Velozes e Furiosos, uma das mais extensas e lucrativas franquias da história do cinema, teve recentemente seu oitavo capítulo lançado. Provavelmente a mais notória série de filmes da atualidade que faz por merecer os adjetivos de absurda, insana e enlouquecida, a mais famosa saga de carros/guerra igualmente é uma das mais aclamadas franquias blockbuster do século 21. Convenhamos, conseguir fluir dos rachas de rua a verdadeiras batalhas completamente sem noção entre tunados tendo como palco de fundo os mais diversos e ensandecidos cenários e ainda ter um aumento de público, não é pra qualquer um.
Sendo a minha franquia de grande porte pela qual possuo maior apreço que só tem como intuito o entretenimento e a diversão, Velozes e Furiosos detém uma história interessante. Ao começar sua longa trajetória em 2001 com a investigação de um policial disfarçado sobre roubos de caminhões com caros equipamentos eletrônicos, a série, a princípio inspirada em um artigo de revista sobre corridas de rua, que já possui oito longas e dois curtas-metragens, é realçada por seus muitos, muitos exageros. Marca registrada da franquia, as galhofas vão desde uma linha temporal não linear a incontáveis furos de roteiro (mas não nos importamos), carro pulando prédios a desgovernado tanque de guerra passeando por uma rodovia, veículos terrestres dando um mergulho de paraquedas a bisonhas ressurreições... enfim, Velozes e Furiosos. E como visto e se observado consoante as notícias, a nova película não se deixa para trás, desta vez indo além e trazendo para o entrecho um submarino, carros zumbis e um natural e comum desvio de um simples torpedo com as mãos. Com duas sequências já garantidas e com datas de lançamento confirmadas e prováveis spin-offs a vista, infinitas possibilidades se mostram uma realidade como, quem sabe, conforme os recentes rumores, uma possível viagem ao espaço e rachas pelos anéis de Saturno?
Considerando o megassucesso da série, seu carisma e descontração, esta sempre contou com um elenco estrondoso, atraindo nomes das mais distintas e improváveis áreas, como do mundo do rap e até mesmo do universo dos ringues. De vencedora do Oscar a brucutus, de Helen Mirren a selvagem depois da Muralha, Velozes e Furiosos, durante certo período, viu-se abalado por uma sequência de falhos tiros em todas as direções, o que ocasionou uma mudança no teor da franquia, proporcionou muitas discussões e é o principal alicerce do que ela hoje é. Talvez influenciado pela constante mudança de diretores, o tom instável acabou por gerar sequências que não renderam uma boa aprovação da crítica e a perda de muitos adeptos, porém, em contraparte, o ganho de outros, milhões de outros. Enaltecido por seu ritmo irreal e insano desde o quinto longa, a série parece ter finalmente encontrado seu rumo, pois, mesmo com as trocas de direção, o frenesi e pegada singular da mesma permaneceu e continuou a conquistar o planeta. Em relação aos efeitos que tais produções de tal porte exigem, estes em nada as comprometem. Todavia, toda grande história possui perdas. Em novembro de 2013, ao decorrer de um evento beneficente, o ator Paul Walker, grande estrela da franquia, morreu durante um acidente de carro com um amigo no sul da Califórnia. A perda, que ocorreu ao longo de uma parada nas filmagens de Furious 7, abalou toda a "família" e atrasou o lançamento da respectiva película, gerou um enorme prejuízo para o estúdio responsável pela mesma, rumores a respeito de um cancelamento se tornaram comuns e muitas mudanças de roteiro tiveram de ser efetuadas. Da mesma forma, até hoje homenagens são prestadas, sendo uma delas, confeccionada no próprio Furious 7, bastante emocionante conciliada belamente e sentimentalmente ao magnífico e condizente som de See You Again. Não à toa a belíssima música foi indicada ao Oscar de Melhor Canção Original no ano de 2016.
Procurando sempre explorar novas e distintas cidades, assim como diferentes vilões com intuitos e propostas únicas, a franquia, que de maneira semelhante vê seus personagens trocarem de lado (que o diga agora Dom), constantemente se encontra cercada por uma seleta e aprovada trilha sonora agitada, contemporânea e consentânea a toda turbulência e testosterona presente na tela. Igualmente envolta por uma comicidade que nunca perde a graça, esta principalmente impulsionada pela figura de Roman Pearce, a série possui manias de preservar personalidades e migrar facilmente entre estilos de racha, indo do drift a básicas corridas de rua. Tendo como essência conceitos que remetem aos valores de um vínculo familiar, a franquia, em sua longínqua duração, sempre pôde conceder a devida atenção a cada integrante de sua composição, ainda arrumando tempo, em seu sétimo capítulo, para o desenvolvimento mais complexo dos conflitos pessoais de Letty (obviamente que foram tratados de forma superficial, mas vale a ousadia e tentativa da indução de um âmbito mais complexo em meio a tanta maluquice). Deve-se ressaltar que algo de tal índole iria acontecer a Brian, porém, a vida não foi complacente.
Em suma, amado por uns e odiado por outros, Velozes e Furiosos, acercado por tiroteios e cantadas de pneus, uma das mais divertidas e descontraídas séries de filmes da atualidade, que já teve seus altos e baixos, alegrias e tristezas, possui seus méritos e provavelmente se manterá viva por mais tempo, seja por uma estrada ou por outra. 

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