Provavelmente
este é o melhor volume da saga até o momento, mesmo não dissolvendo ainda o
nevoeiro que cobre a estória de Roland e nem monte o quebra-cabeça de espaço-tempo
entre o mundo do Pistoleiro, o nosso e outros possivelmente existentes. Talvez
a "magia" que envolva essas incógnitas faça com que fiquemos ávidos
por mais e mais dessa trama. Mesmo com muitos nós a serem desatados, este
volume contém uma linha contínua de enredo que é fácil de acompanhar.
Em
uma primeira etapa encontramos o fortalecimento das relações entre Roland e
seus companheiros que ao mesmo tempo são seus aprendizes, estes acabam por
desenvolver vários sentimentos perante o mesmo que oscila entre o ódio,
respeito, desconfiança, admiração... entre outros, sentimentos estes que são
fortes e profundos. Também seguimos o cotidiano de Jake em nosso mundo e em sua
época antes dos acontecimentos do primeiro e segundo volume. Conforme a roda
gira e os mundos seguem em frente, o ka e o katet agem de forma profunda sobre
Jake, Eddie e Roland. O cruzamento das linhas temporais do passado, futuro e
presente, deixam Roland e Jake em um paradoxo do tempo onde suas sanidades e
destinos estão em jogo e somente Eddie pode ajudar ambos, influenciado pelo ka tanto
quanto Jake. Esses acontecimentos constituem a segunda parte e sem duvida é
onde podemos encontrar a escrita de King que o fez chegar ao patamar dos
escritores em evidência. As ações distintas e simultâneas de Jake e Eddie são
essenciais e conclusivas, a alternância dos momentos entre os dois personagens
e a linha temporal compartilhada por ambos proporcionam um frenesi no leitor
que somente será sanado ao desfecho do episódio.
Uma
terceira etapa distinta é a chegada de Roland e seu grupo a uma cidade povoada
por habitantes tão idosos que esqueceram há quanto tempo estão no mundo. A
forma como recebem e reverenciam o Pistoleiro nos deixam ainda mais curiosos em
relação ao seu passado.
A última parte retorna
a embaralhar ainda mais nossa cronologia de tempo do mundo de Roland, máquinas
da primeira guerra mundial estão enferrujando lá, mas máquinas ao estilo ciborg
também estão e há muito tempo. Os habitantes da nova cidade se comparam a sobreviventes
de um apocalipse e esqueceram seu passado. O foco principal desta parte é o cumprimento
de uma promessa feita a Jake pelo Pistoleiro e uma preparação para o próximo volume,
tendo com coadjuvante Blade, uma máquina moderna e insana.
O
trecho abaixo corresponde a uma fala de Eddie e expressa perfeitamente as
minhas dúvidas que se iniciaram lá no primeiro volume e agora as levo para o
próximo, a única certeza por enquanto é que Stephen King está se revelando e
crescendo a cada livro desta saga.
leonejs
Leia e Kontamine-se
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Ficha Técnica
Autor: Stephen King
Idioma: Inglês
País: Estados Unidos
Gênero: Fantasia
Série: A Torre Negra
Editora: Donald M. Grant, Publisher
Lançamento: Agosto de 1991
Páginas: 512
Avaliação
Goodreads: 4,23
Orelha de Livros: 4,0
Skoob: 4,4
Kontaminantes (leonejs): 7,5
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