1 de junho de 2017

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A Torre Negra

Livro


Sobre o livro

A Torre Negra é o último volume da saga do Pistoleiro e tem a função de por um ponto final na estória, e com essa responsabilidade traz a seus assíduos leitores uma gama de reflexões, surpresas, dissabores e contentamento.
Muitas pontas foram atadas, tanto as que se originaram no Mundo Médio como as que foram importadas de outros mundos de Stephen King, do mesmo modo que outras ficaram soltas e seus destinos a outras obras pertencem. Sem rodeios, creio que King usou de toda sua veia política para elaborar este término e promover a paz entre os leitores e o escritor, neste contexto está explicito acabar bem, o que não significa absolutamente ser satisfatório. Válido, sim. Inusitado, nem tanto.
Nas finalizações, o que mais me incomodou foi a falta de uma apoteose para cada membro do ka-tet, neste quesito quem melhor se saiu foi Oi, superando até mesmo o protagonista. O destino de um dos revólveres 45 de seis tiros com sândalo em seu cabo também não foi muito adequado, visto que era um símbolo, uma relíquia e devia ser respeitado como tal.
Ressalvas a parte, ficarei atento e na esperança que a qualquer momento voltarei a acompanhar Roland em sua caminhada, já aconteceu uma vez com O Vento Pela Fechadura, quem sabe ocorra novamente.
Quando a fumaça azulada começar a subir das pontas dos canos fumegantes dos grandes revólveres do Pistoleiro, estarei lá, devorando as palavras que descreverão o momento, Porque o nosso negócio é chumbo.

Sobre a saga

Childe Roland à Torre Negra Chegou

-Venho em nome de Steven Dechain, ele de Gilead!
-Venho em nome de Gabriele Dechain, ela de Gilead!
-Venho em nome de Cortland Andrus, ele de Gilead!
-Venho em nome de Cuthbert Allgood, ele de Gilead!
-Venho em nome de Allain Johns, ele de Gilead!
-Venho em nome de Jamie DeCurry, ele de Gilead!
-Venho em nome de Vannay, o Sábio, ele de Gilead!
-Venho em nome de Hax, o Cozinheiro, ele de Gilead!
-Venho em nome de David, o falcão, ele de Gilead e do céu!
-Venho em nome de Susan Delgado, ela de Mejis!
-Venho em nome de Sheemie Ruiz, ele de Mejis!
-Venho em nome de Pêre Callahan, ele de Jerusalem’s Lot e das estradas!
-Venho em nome de Ted Brautingan, ele da América!
-Venho em nome de Dinky Earnshaw, ele da América!
-Venho em nome de tia Talita, ela de River Crossing e aqui vou depositar sua cruz, como me foi pedido!
-Venho em nome de Stephen King, ele do Maine!
-Venho em nome de Oi, o bravo, ele do Mundo Médio!
-Venho em nome de Eddie Dean, ele de Nova York!
-Venho em nome de Susannah Dean, ela de Nova York!
-Venho em nome de Jake Chambers, ele de Nova York, que chamo de meu único filho verdadeiro!
-Sou Roland de Gilead, e venho em meu próprio nome; você se abrirá para mim!

Assim Roland gritou os nomes de amigos, entes queridos e companheiros de ka, enquanto caminhava entre as rosas; nomes que soavam como se fossem ecoar para sempre.


Se esses nomes são estranhos a você e não despertam nada em seu interior, recomendo que pare por aqui e vá conhecer a saga, depois volte e talvez você entenda um pouco do que será divagado aqui, caso contrário, continue.
Longa e árdua foi a caminhada até aqui para aqueles que enfim chegaram até os portões da torre. Muitos se perderam durante o caminho e outros desistiram, mas tudo tem um final, independente de quem conta ou ouve a estória, independente das preferências e gostos dos mesmos, o fim sempre chega, mesmo que seja para recomeçar!!!
Essa é uma divagação difícil, devido à complexidade da saga, percorremos caminhos que em algum momento nos lembraram de Tolkien e a Terra Média, de Arthur e sua corte, das estórias contadas sobre Hogwarts, dos velhos faroestes espaguete, outras das obras de King, entre diversas lembranças. Quase quarenta anos Stephen King levou para terminar esta obra, as primeiras linhas correspondem a uma época onde o jovem King ainda não tinha lançado o seu primeiro sucesso, não tinha dinheiro e ainda não era o mestre do terror renomado que conhecemos. Uma ideia, uma inspiração e provavelmente dívidas e dúvidas eram o que esse jovem tinha. Por fim, o sucesso veio. Um livro, depois outro e assim sucessivamente, mas existia um projeto na gaveta e King o visitava eventualmente, esse projeto virou realidade e, mais do que isso, se tornou algo maior, maior do que a mão que segura a pena.
O que quero dizer é que metaforicamente a Torre Negra representa a vida de pessoas como eu e você, mais do que isso a vida do próprio King. Sem sombra de dúvida King tinha algo grandioso nas mãos, mas fantasia e realidade se misturaram ao longo do caminho. Observe como a partir do quinto volume King recorre a personagens de outros de seus livros mais e mais vezes, personagens estes que nem existiam quando o Mundo Médio começou a ser construído. Veja como ele recorre a si mesmo narrando fatos verídicos de sua vida, olhe e observe como ele relata seus vícios, seu acidente, a dívida que ele tinha com a saga e a forma que foi se disciplinando. Junte tudo isso a um ou mais livros que estão sendo criados ao mesmo tempo, some às cobranças dos editores, o compromisso com os fãs. A tudo isso faça uma visita a cada personagem de King em seus respectivos livros e talvez você compreenda a complexidade de tudo que margeia a Torre Negra. Essa é uma estória sobre uma pessoa e um objetivo e tudo que é possível acontecer até alcançá-lo, mas a grande pergunta é: o mais importante é alcançar o objetivo ou o caminho percorrido para alcançá-lo?
Bem, em nossa própria estória é impossível saber quando chegará o ponto final, logo que esta última linha não convém a nós escrevê-la, pelo menos não nesse mundo, mas sempre podemos recomeçá-la, independente do tempo que nos resta. Sobre a saga, o critério ficou a cargo de King, muitos leitores se definharam em lágrimas segundo os comentários que li em blogs e sites e alguns poucos discordaram, já a meu ver ficou faltando algo, como quando contemplamos um quebra-cabeça de milhares de peças que forma uma daquelas pitorescas paisagens, mas que está faltando uma quantidade irrisória de peças em sua solução. Admiramos a visão e compreendemos o que vemos, mas aquelas peças que faltam nos incomodam profundamente, vamos virar e revirar a casa em sua procura e não importa quando e nem onde, só teremos paz quando as colocarmos no seu devido lugar.
Na composição geral da saga, vejo o primeiro volume como um grande mistério que nos prende em sua armadilha. O segundo e o terceiro é uma preparação. O quarto é o ápice, o melhor de todos. O quinto e o sexto voltam a ser uma preparação. O sétimo é como o primeiro, uma armadilha que quando você pensa que saiu, escorrega e se vê novamente em suas garras, isso devido a algumas pontas aparadas e a outras deixadas propositalmente.
leonejs.

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Ficha Técnica
Autor: Stephen King
Idioma: Inglês
País: Estados Unidos
Gênero: Ficção, Fantasia
Série: A Torre Negra
Editora: Donald M. Grant, Publisher
Lançamento: Setembro de 2004
Páginas: 845


Avaliação
Goodreads: 4,27
Orelha de Livros: 4,0
Skoob: 4,6
Kontaminantes (leonejs): 7,0
Avaliação

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