Estiloso. Sem dúvida este é um adjetivo que
pode ser perfeitamente atribuído a John Wick 2.
Continuações possuem a má fama de irem contra
tudo aquilo que seu original propôs, isto é, utilizar da mesma fórmula e deixar
a originalidade e criatividade de lado, geralmente resultando longas ruins
concebidos somente visando o lucro comercial. No entanto, embora usufrua dos
métodos de seu antecessor, o grande mérito de John Wick 2 está em saber
apresentar mais do mesmo sem se tornar repetitivo, conseguindo ser, no conceito
diversão, superior ao primeiro.
Com uma sequência inicial que já denota a
atmosfera constante e frenética do filme, a mesma é vinculada ao anterior e ressalta
a fama e reputação de John Wick no respectivo universo. Ainda atormentado por
seu passado, tormento que impõe o teor dramático da trama, Wick se
responsabiliza pelos aguardados, característicos e incansáveis segmentos
insanos do entrecho que, mesmo beirando o impossível, realizam a façanha,
consoante o próprio roteiro, de aparentarem ser mais realistas do que realmente
estão sendo. Ou seja, o protagonista não é indestrutível, certas passagens fazem
questão de ratificar sua vulnerabilidade emocional e física, ao mesmo tempo em que
exaltam, sugestivamente, o gosto, apreço e anseio de John pelo serviço, além de
elevarem seu senso e conhecimento de distintas artes marciais sem se perder num
embolo de socos, chutes, empurrões e derrubes.
Pouco mais sangrento e violento que seu antecessor,
a elegância predominante é salientada com cada golpe pensado e treinado, cada
ação deslumbrada conforme o momento, com cada melodia condizentemente
selecionada e até na iminente morte acercada por uma atmosfera requintada e provocativa. Ademais, o prezar das regras, da legislação, faz com
que o quesito rebuscado se sobressaia, aspecto que corrobora com o ar da película
que evoca outro período, quando a máfia era idealizada ao respeito, hierarquia
e etiqueta. Simultaneamente, o longa introduz um caráter singular que enaltece
o clássico mesclado ao moderno, fazendo com que diálogos de impacto
enriquecidos pelo primoroso se sobressaiam, bem como refinados jogos de câmera que
focam com clareza e lucidez nas cenas de ação. Aliás, o trabalho
cinematográfico em questão não se preocupa com a origem e raízes do personagem
como outros tropeçam ao fazer, da mesma maneira que sua confecção não permite
com que singelos clichês recebam algum peso mediante o enredo.
Marcado pelo reencontro que frisou uma geração
(Keanu Reeves e Laurence Fishburne) que dialoga com uma possível sutil
referência ao revolucionário e antológico Matrix, o filme, perante a confirmação
de uma terceira produção em desenvolvimento, termina de forma esplêndida e
inesperada capaz de incitar o espectador a loucura conforme a espera até o
próximo lançamento.
John Wick 2, em suma, mantém a essência do primeiro que
reinventa o gênero e faz jus aos grandes nomes que destacaram uma época e não peca
na hora de entreter o público com muito frenesi e sofisticação.
Matheus
J. S. 10
John Wick: Um Novo Dia para Matar já surpreende
de início focando na narrativa de um mafioso ao estilo “O Poderoso Chefão”,
este que diz que tudo sobre John Wick não é lenda, além de mencionar um episódio
da trajetória do notável assassino.
Se no primeiro longa a trama gira em torno de
motivos pessoais, agora John retorna por questões relativas a um débito
pendente. Novamente o apoio do Continental e suas ramificações e contatos serão
essenciais paro o êxito da empreitada que agora não conta com o apoio de um
amigo.
Enquanto que em outras sequências de mesmo
gênero, recheados de tiros e pancadarias, a preocupação está em repetir a mesma
fórmula de seus antecessores, John Wick 2 se sobressai dando ênfase ao suporte
do protagonista. Outro ponto de destaque é a inclusão da cena que confirma e
corrobora com a descrição feita pelo mafioso sobre o “Bicho Papão”. Ainda
podemos destacar as sequências de ação que fizeram tanto sucesso no primeiro e
estão de volta mantendo a qualidade com tiros eficientes e lutas recheadas de
golpes eficazes.
Tudo que foi dito aqui é mais do que suficiente
para fazer a alegria dos fãs do gênero, mas o terceiro filme já está em
andamento e tem grandes possibilidades de fechar a trilogia com chave de ouro,
logo que John aparentemente contará apenas consigo mesmo.
leonejs. 8
Desta vez John não está apenas perseguindo
alguém a procura de vingança, mas também está sendo perseguido, não por uma
pessoa e seus "capangas", e sim por vários assassinos. Um desses, já
conhecido pelo protagonista, possui muitas semelhanças com o mesmo e
provavelmente reaparecerá no terceiro título, e penso que será importante para
este.
Por certos acontecimentos o longa possui mais
ação (na visão de alguns) do que seu anterior, e por outros possa fazer com que
o terceiro seja superior ao respectivo (neste ponto não sei se isto é algo bom).
Com um final surpreendente, este maravilhoso
filme termina nos deixando com grande curiosidade sobre como será sua
sequência, e fico em dúvida a respeito de qual dos dois é o melhor, já que
estes possuem a mesma qualidade.
Murillo
J. S. 9
Assista e Kontamine-se
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Ficha Técnica (Adoro Cinema):
Data de lançamento (Brasil): 16 de fevereiro de 2017
(2h 03min)
Direção: Chad Stahelski
Elenco: Keanu Reeves, Common, Laurence Fishburne…
Gênero: Ação
Nacionalidade: EUA
Avaliação:
IMDb:
7,7
Rotten:
89%
Metacritic:
75%
Filmow
(média geral): 3,9
Adoro
Cinema (usuários/adorocinema): 4,3/3,0
Kontaminantes (média): 9
Bicho Papão- Vamos ve se John Wick ta fodão nesse tambem kkk
ResponderExcluirVc de novo, vlw pela presença... Pode ter certeza que John Wick continua implacável em sua jornada. Estamos ansiosos por sua opinião após assisti-lo, pois queremos ver se há concordância ou não com a divagação, pois este é o objetivo do blog: expor perspectivas distintas sobre assuntos deste universo tão vasto e "Kontaminante" do entretenimento. Obrigado de novo.
ExcluirPróximas divagações a sair:
True Detective
Big Little Lies
Logan
Entre outras...
O cara não decepciona nunca haha. Queria saber o que voces acham de idris elba, tem muita especulação sobre ele ser o novo james bond e tal...
ResponderExcluirAlém do preconceito racial, provavelmente a maior dificuldade para Elba seria desvincular a imagem de Daniel Craig do personagem de James Bond, algo semelhante ao que acontece com Tobey Maguire (Homem-Aranha) e Hugh Jackman (Wolverine). Quanto à interpretação, ainda não acompanhamos o trabalho de Idris, mas o seu recente desempenho em A Torre Negra vem angariando elogios, enquanto a adaptação coleciona críticas negativas.
ExcluirInteressante sobre esse preconceito racial, não sei porque o pessoal não quer um Bond negro... muito obrigado por ter respondido haha. flw
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