25 de junho de 2017

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Deadpool

Pôster


É certo que, num mundo onde se predomina o comum e o indiferente, o inusitado é sempre bem-vindo, porém, quando tratado da forma devida. Deadpool, que provavelmente está entre os filmes mais dessemelhantes do gênero, possivelmente proporcionará uma experiência exótica para o espectador acostumado as fórmulas tradicionais e batidas da Marvel, mas isto não quer dizer que o mesmo seja bom.
Distribuído pela Fox, não se pode negar que o longa seja ousado e corajoso, este que, bastante prestigiado por sua fidelidade as HQs, respeita as características do personagem e a atmosfera que o cerca, isto é, não censura seu roteiro. Completamente distinto de películas semelhantes, Deadpool aposta numa classificação R-rated voltada para um público mais adulto, estes já saturados com as restritas e repetitivas produções de super-heróis que, muitas vezes, não entregam um resultado tão satisfatório quanto poderiam consoante a limitação do roteiro perante o receio de aumentar a classificação indicativa. No entanto, o filme, ao trabalhar com um entrecho repleto de sexo, palavrões e violência exacerbada, conseguiu um apreço geral e veio a ser de suma relevância para o estúdio responsável e outros derivados, visto que a jogada deu certo e os medos de fracasso hoje são infundados. Todavia, a pertinência do mesmo não nebula suas falhas.
Extremamente exagerado (vertente que poderia funcionar melhor do que realmente funciona) e desnecessariamente obeso de segmentos desimportantes que procuram equivocadamente divertir, o longa se arrisca demais e se perde em piadas geralmente sem graça, ou seja, em suas tentativas de ser engraçado, muitas vezes se passa por ridículo. Além, ao dar enfoque demasiado em um só quesito, o longa não consegue dar espaço a seus personagens e enredo, responsabilizando-se por figuras mal desenvolvidas e uma condução que beira o desleixo e uma trama que, apesar de abordada de maneira peculiar, é recheada de clichês. Ademais, quase todos os coadjuvantes e o antagonista são meramente esquecíveis, não atribuem o peso que poderiam ao resultado final, não possuem carisma suficiente e saliência necessária para causarem algum impacto emocional ou de apego aos mesmos. Também deve-se ressaltar que Deadpool foi eleito o filme com mais erros de continuidade de 2016.
Não somente marcado por fatores negativos, a película vangloria-se por suas bacanas e hilárias referências (principalmente uma durante a cena pós-créditos e outra relacionada a Hugh Jackman) e vínculo com os X-Men, destaque para Colossus que rouba a cena com sua comicidade involuntária pontualmente planejada e uma piada que funciona muito bem ao brincar com o orçamento da mesma. Traçando-se similaridades para com Hellboy e Hancock, o longa trabalha com o conceito de anti-herói, isto é, o protagonista mata sem pudor e não faz o papel de mocinho padronizado, fator que realça a personalidade do tagarela e exalta as propostas do filme e sua faixa etária direcionada. A quebra da quarta parede é um ponto positivo para a produção, visto que o recurso possivelmente nunca foi utilizado em trabalhos de natureza análoga e mais uma vez torna-se notória a preocupação com o material original. Ryan Reynolds, indicado ao Globo de Ouro por sua interpretação que não tem nada de especial, ao menos, conforme a ovação mútua dos espectadores, conseguiu reformular sua fama no papel de um personagem adaptado dos quadrinhos que vinha de mal a pior com X-Men Origens: Wolverine (onde o mercenário pela primeira vez deu as caras de forma a se diferir completamente de sua idiossincrasia) e Lanterna Verde.
Aclamado pelo público e pela crítica, o prestígio da película é evidente com as várias nomeações a diversos prêmios que recebeu, com uma concorrência ao Globo de Ouro de Melhor Filme de Comédia ou Musical e uma pré-indicação ao Oscar de Melhor Cabelo e Maquiagem, bem como a insatisfação recíproca dos fãs corrente o esquecimento do filme na categoria principal da estatueta dourada. Ademais, referente ao caráter técnico do longa, a trilha sonora é complacente ao ar agitado, frenético e singular do mesmo, enquanto os efeitos visuais não fazem feio condizente as belas sequências em câmera lenta associadas a insanidade sempre presente que se resume a acentuada violência, sanguinolência e explosões.
No mais, Deadpool personifica para as telonas um ícone da cultura pop, é uma obra relevante por sua iniciativa e particularidades que revitalizam o gênero, que nunca se leva a sério, que satisfará os tietes e funciona vagamente como comédia escapista isolada despretensiosa. Entretanto, os acertos não são suficientes para mascarar os erros, além de separados exercerem uma consequência significativa que em conjunto, coordenados as nequices alheias, nada mais são que um embolo bagunçado e mal dirigido.
Matheus J. S.  6

Não tenho muito o que falar, já que não gostei do filme e faz um bom tempo que o assisti, e me recuso assisti-lo novamente. O filme é muito exagerado em vários aspectos e não se importaram com sua qualidade quando o fizeram, mas sim com a quantidade de palavrões e cenas de sexo. Mesmo tendo isso de ruim, ele nos proporciona algumas risadas ao decorrer do mesmo, além de possuir diversas referências.
Boa parte do longa mostra como Wade era e agia antes de se tornar Deadpool, e como se transformou imortal, isso talvez seja um pouco interessante. Eu não sei como é na HQ, mas o próprio filme fala que Wade apenas se tornou imortal, isso não explica sua força e pulos anormais. De qualquer forma, talvez outros tenham opiniões diferentes da minha, mas não recomendo assisti-lo.
Murillo J. S.  5

Depois de uma visualização rápida do filme Homem-Formiga, o qual gostei e vou assisti-lo novamente e fazer a divagação, fiquei animado para ver Deadpool , mesmo sabendo que se tratava de um anti-herói e que o filme seria um pouco apelativo com extravagância de palavrões e algum contexto envolvendo sexo. Nada que influencia uma mente sadia e movida pela coerência em separar o trigo do joio.
Como leitor ocasional de HQs nos anos 90 e sendo Deadpool um personagem desta época que eu não conhecia, minha curiosidade estava aguçada, sem contar que nomes como Wolverine e Lobo, que tem um lado meio que obscuro, chamam minha atenção, pensei que Deadpool poderia fazer parte deste seleto grupo.
Sendo econômico em minhas palavras e não citando elementos técnicos e nem atuações, os únicos pontos positivos que atribuo ao filme são: o uniforme do protagonista, as referências que o mesmo faz a outros personagens e filmes e a personificação de “Jubileu”. De resto, nada me agradou.
leonejs  5,5

Assista e Kontamine-se

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Ficha Técnica (Adoro Cinema):
Data de lançamento (Brasil):11 de fevereiro de 2016 (1h 48min)
Direção: Tim Miller
Elenco: Ryan Reynolds, Morena Baccarin, Ed Skrein…
Gêneros: Comédia; Ação; Fantasia
Nacionalidades: EUA, Canadá

Avaliação:
IMDb: 8,0
Rotten: 84%
Metacritic: 65%
Filmow (média geral): 4,0
Adoro Cinema (usuários/adorocinema): 4,6/4,5
Kontaminantes (média): 5,5
Avaliação

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