21 de fevereiro de 2017

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E Se Fosse Verdade...


Comédias românticas são lançadas mais e mais a cada ano, e são poucas as que se tornam realmente marcantes e inesquecíveis. Algumas podem ser citadas de memória, Como Se Fosse a Primeira Vez (admitam, mesmo com Adam Sandler, o filme é legal), (500) Dias com Ela (penso que se encaixa no gênero) e E Se Fosse Verdade..., longa da vez. É certo que não é um gênero que recebe tanto destaque e seja realmente significativo, mas nem sempre uma película extremamente reflexiva e importante é legal (observem 2001 - Uma Odisseia no Espaço), então, um filme com propostas mais descontraídas e com o único objetivo de entreter às vezes é bem-vindo. Este é um longa deste porte, que não passa disto, mas cumpre bem seu intuito e arranca boas risadas.
Clássico de canais fechados (que o diga a Fox), E Se Fosse Verdade... presa um agradável e inocente alívio cômico, trabalhando-o de forma a nunca se tornar chato, apelativo e impróprio. Uma cena de bastante realce que prova o quanto a película é boa em proporcioná-lo na dose certa até mesmo em situações de maior seriedade, se passa em um restaurante quando David tem a missão de salvar a vida de um homem que teve algum problema (David sabe o nome correto) sob o auxílio do espírito de Elizabeth. Além, esta passagem se mostra muito importante para o decorrer do filme consoante certas autodescobertas.
Abordando sutilmente questões como identidade e personalidade, solidão, destino, comportamento conforme uma dolorosa perda, o famoso afogar das mágoas no álcool (esta que, em certa cena, é explorada de forma hilária em meio a um conflito de autodestruição e valorização da vida e sanidade em um bar) e até mesmo como o trabalho pode acabar por sugar a vida de um indivíduo ao invés de supri-la, o longa se aprofunda em reflexões que remetem o valor de uma vida humana e o fardo de a ter sob sua responsabilidade.
Com uma sequência inicial que passa uma impressão equivocada sobre que iremos acompanhar, a película mantém uma trilha sonora bacana e condizente com o que vemos, ademais de conter um elenco renomado que conta com a vencedora do Oscar Reese Witherspoon, o carismático Mark Ruffalo e o conhecido rosto de Donal Logue, além de, com pouco tempo de duração, conseguir nos fazer se apegar aos personagens.
Se aprofundando em um relacionamento que evolui brilhantemente ao decorrer do filme até se tornar uma amizade e uma relação mais sólida que acaba por demonstrar, de forma irônica e interessante, o quanto uma pessoa em coma é mais viva do que outra consciente e normal e o quanto ambas podem se ajudar até atingirem seu melhor estado, o longa trata a respeito de um romance praticamente impossível e improvável, sobre persistência, esperança e morte. Sempre cômica, a película ainda apresenta certos personagens em uma passagem bastante engraçada que não passam de farsantes e outra interessante que cai no senso comum de apenas crianças terem o dom de ver coisas sobrenaturais.
Adentrando um universo, pode-se dizer, místico e surrealista, o filme possui coadjuvantes pelos quais temos apreço, ademais de um roteiro envolvente e satisfatório que nunca cansa. E Se Fosse Verdade... merece ser assistido despretensiosamente e sem compromisso e, apesar de estar repleto de clichês e seu desfecho não fugir do convencional, estes são até mesmo bem-vindos e acabam por não pesar. Em suma, gostaria de ratificar que minha nota será atribuída conforme as intenções do longa, ao que se propôs e da maneira que o fez, além, obviamente, do quanto me agradou.
Matheus J. S.  10

Divertidamente esta comédia romântica agradará tanto quem curte comédia quanto quem gosta de romance. Sem piadas forçadas e nem melado escorrendo da tela, abordando sutilmente assuntos como mediunidade, sobrevivência por aparelhos, trabalho e família, este filme, estrelado por Reese Witherspoon (Legalmente Loira, Johnny e June...) e Mark Ruffalo (Ilha do Medo, Os Vingadores...) que compõem o casal romântico da trama, nos propõe vários momentos hilários em diversas situações. Mark Ruffalo demonstra mais uma vez que se encaixa muito bem em qualquer gênero de maneira despretensiosa.
O enredo, que gira em torno de uma pessoa sentimentalmente destruída e outra sentimentalmente não construída e que ambas entram em disputa por um apartamento de forma não tão convencional, flui de forma agradável com começo, meio e fim coerentes. A versão assistida (TV) foi dublada e não arranha o contexto do filme. Já falei por aqui sobre outros entretenimentos que não tiveram um personagem que se sobressai durante a trama fazendo uma quebra entre os principais, porém aqui Jon Heder cumpre isso muito bem na pele de Darryl, o dono de uma livraria com poderes extras sensoriais duvidosos. Uma das partes interessantes do filme é quando o médico no hospital está no telefone e vai respondendo a protagonista em um diálogo que não existe, mas funciona perfeitamente. Aprecio estas jogadas.
Simplicidade e harmonia fazem com que este filme funcione de uma forma leve, descontraída e agradável, prendendo a atenção de quem o assiste até o desfecho da trama. Comparado com outros títulos que abrangem a mesma linha de enredo, este com certeza é um dos melhores, tanto que mesmo assistido várias vezes não enjoa e nem perde o interesse. Recomendado para toda a família e cinéfilos de plantão.
leonejs  8


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Avaliações:
IMDb: 6,7
Rotten: 56%
Filmow (média geral): 3,6
Adoro Cinema (usuários): 4,4
Kontaminantes (média): 9






Ficha Técnica Resumida (Wikipédia):

 Estados Unidos
2005 • cor • 95 min 
Direção
Mark Waters
Produção
Walter F. Parkes
Laurie MacDonald
Roteiro
Marc Levy (livro)
Peter Tolan
Leslie Dixon
Elenco
Reese Witherspoon
Mark Ruffalo
Ivana Miličević
Donal Logue
Jon Heder
Dina Spybey
Ben Shenkman
Rosalind Chao
Caroline Aaron
Ron Canada
Gênero
Comédia romântica
Música
Rolfe Kent
Distribuição
DreamWorks
Lançamento
EUA
16 de setembro de 2005
Idioma
Inglês
Orçamento
US$ 58,000,000
Receita
US$ 102,854,431 (mundial)

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